A Tecnologia Através dos Olhos da Experiência: Uma Conversa com Vera Nice Rodrigues
- Daya Design
- 29 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de mai.

Certa manhã, enquanto me preparava para mais um dia de trabalho, tive o prazer de conversar com Vera Nice Rodrigues. Atuando como assistente social, Vera se destaca em diversas funções comunitárias e em instituições de cuidado a idosos. Atualmente, ela explora a possibilidade de se tornar consultora de cuidados, buscando valorizar ainda mais sua vasta experiência e empatia.
Em nossa conversa, Vera expressou preocupações pertinentes sobre o estado atual da tecnologia, enfatizando que vivemos em uma era onde há um excesso de automação em serviços que deveriam ser pessoais e atenciosos. A tecnologia, embora onipresente, muitas vezes peca por não ser eficiente ou por ignorar as nuances das necessidades individuais. Vera relembrou as Páginas Amarelas, onde as informações, apesar de não serem instantâneas, eram percebidas como mais confiáveis e simples de usar.
Vera narrou suas dificuldades com um site de locação de imóveis conhecido, destacando um incidente onde um erro levou à duplicação de anúncios em vez de sua correção. Quando tentou resolver esses problemas, frequentemente encontrou um suporte ao cliente que faltava conhecimento e empatia pelas questões locais. Essas experiências ilustram como a promessa da simplicidade tecnológica muitas vezes entra em conflito com a realidade complexa dos usuários.
Com uma nostalgia palpável, Vera lembrou dos tempos em que as soluções para "dificuldades urbanas" eram apenas a uma chamada de distância, através do serviço telefônico 102. "Você ligava, e as pessoas te explicavam tudo", disse ela, destacando como essa interação direta e pessoal facilitava a resolução de problemas. Ela sugeriu que, enquanto navegamos nesta era digital, não devemos esquecer a importância da conexão humana e a necessidade de criar tecnologia que seja não apenas amigável, mas também eficiente.
Refletindo sobre as mudanças que Vera e sua geração testemunharam, passando de máquinas de escrever manuais para computadores sofisticados e inúmeros softwares, fica claro que a adaptabilidade é uma constante na jornada humana. Essa revolução tecnológica, que Vera observou de dentro da Câmara Municipal de São Paulo, é um lembrete de que devemos considerar todas as dificuldades com a tecnologia e reconhecer a diversidade dos usuários.
A conversa com Vera me inspirou a ponderar mais profundamente sobre a função que a empatia e a simplicidade devem desempenhar no design de experiências digitais. Em UX, não se trata apenas de desenvolver sistemas para os tecnicamente habilidosos, mas de criar acessibilidade e compreensão para todos, independentemente de seu histórico com a tecnologia.
Convido todos a prosseguir este diálogo e explorar como podemos aplicar nossa especialização para desenvolver soluções verdadeiramente transformadoras. Você já enfrentou dificuldades com a tecnologia? Como você acredita que podemos aprimorar a eficiência e acessibilidade digital? Compartilhe suas histórias e ideias, e vamos juntos rumo a um futuro tecnológico que acolha a diversidade das experiências humanas.
Comentários